terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Corpo de brasileiro é retido há 24 dias em Buenos Aires


O corpo de Carlos Sérgio Aragão dos Santos, de 55 anos -- tenente-coronel da reserva da Aeronáutica e estudante de doutorado em direito, na foto -- está há 24 dias na geladeira do Morgue Judicial (o IML), de Buenos Aires, à espera de traslado para o Brasil. A causa da morte foi natural, mas a burocracia na Argentina dificulta a liberação do corpo. Com isso, a família dele sofre duas vezes -- além da morte, enfrenta a impossibilidade de sepultar o corpo do parente em sua terra natal. O drama foi revelado hoje pela filha dele, a advogada Luciana Aragão, em entrevista à rádio Band News FM.
Estudante de doutorado em direito, em Buenos Aires, Aragão morreu no dia 1º de fevereiro numa ambulância a caminho do hospital, depois de passar mal no hotel onde estava em companhia de um colega de quarto. Segundo a família, ele foi vítima de um infarto fulminante. Mesmo assim, a Justiça argentina ainda investiga a causa da morte e, após duas autópsias, determinou que seja feito novo exame no corpo com o objetivo de verificar se há alguma bactéria que contamine aquele país.
-- Nossa indignação é com o Consulado brasileiro na Argentina, que só nos forneceu uma lista de funerárias aptas a fazerem o traslado e não nos deu qualquer orientação. Não fizeram mais nada -- afirmou Luciana Aragão, em entrevista ao nosso blog.
Procurado pelo blog, o Ministério das Relações Exteriores, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que hoje o consulado brasileiro em Buenos Aires pediu ao Ministério Público esclarecimentos sobre a demora na liberação do corpo de Carlos Aragão. Segundo apurou o Itamaraty, o exame requisitado pela Justiça é indispensável e seu resultado pode sair até 14 de março. Enquanto isso, a família do militar já gastou com passagens aéreas de parentes, com seguro para traslado do corpo e teve que contratar um advogado indicado por uma funerária, para acompanhar o caso.

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