A Polícia Civil de Curitiba realizou nesta terça-feira (19) uma operação
para investigar mortes na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do
Hospital Evangélico, o segundo maior de Curitiba. Uma médica foi detida,
segundo a Secretaria de Segurança Pública do Paraná. A
polícia investiga a prática de eutanásia, que é a indução à morte com
consentimento do paciente. Não há mais detalhes porque outras pessoas
também são citadas no inquérito.
A ação policial também apreendeu prontuários médicos e outros
documentos relativos a internações e mortes de pacientes, de acordo com a
Promotoria de Proteção à Saúde Pública do Ministério Público, mas o
conteúdo não foi divulgado porque o inquérito está sob sigilo.
A Polícia começou a ouvir na tarde desta terça 30 funcionários da UTI
do Hospital Evangélico. Em nota, a instituição afirmou que não possui
conhecimento adequado dos fatos em virtude de o inquérito ser sigiloso,
mas que instaurou uma sindicância interna para apurar os fatos
denunciados. A nota diz ainda que o Hospital reconhece a competência
profissional da médica presa, e que desconhece qualquer ato dela que
tenha ferido a ética médica.
Sindicância
A Prefeitura de Curitiba
abriu uma sindicância para investigar as mortes no Evangélico. Além do
procedimento, que deve contar com auxílio da Secretaria Estadual de
Saúde do Paraná, a Prefeitura solicitou também à diretoria do hospital
para que haja a substituição da equipe de UTI Geral.
As investigações da sindicância, que deve ocorrer paralelamente à investigação policial, devem ser conduzidas pelo auditor do Ministério da Saúde
Mário Lobato da Costa. Uma junta administrativa composta pela
Secretaria Municipal de Saúde, Conselho Regional de Medicina e Sociedade
Evangélica Beneficente deve ainda indicar um médico para acompanhar os
futuros serviços realizados no Hospital.
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